O cenário financeiro no Brasil está em constante evolução. Assim como o Banco Central lançou o Pix nos últimos anos e transformou a relação do brasileiro com os pagamentos no varejo, o Drex também promete causar impacto. Conheça agora esse ativo digital e saiba mais sobre seu funcionamento. Boa leitura!
O que é o Drex?
Conhecido como “real digital”, o Drex é a nossa moeda emitida, operada e regulamentada pelo Banco Central (BC) por meio de uma plataforma digital. Devido a essa origem, falamos que se trata de uma CBDC (Central Bank Digital Currency), que em português significa moeda digital de banco central.
A moeda digital equivale ao dinheiro em circulação, o que significa que R$ 20 em Drex representam R$ 20 na moeda física. O ativo está em fase de testes em um ambiente restrito desde 2023 e ainda não há uma data oficial de lançamento para a população brasileira. Porém, a expectativa é que os cidadãos o conheçam em 2025.
De acordo com o Banco Central, a origem do nome Drex é um acrônimo composto por três palavras, sendo elas “digital”, “real” e “eletrônica”. Além disso, há o acréscimo do “x”, que comunica modernidade e possui ligação com outro produto do BC, o Pix.
O Drex pode ser considerado uma criptomoeda?
Não, porque o real digital é gerenciado pelo Banco Central. Ou seja, não é um ativo descentralizado. As criptomoedas, por outro lado, são moedas digitais descentralizadas que contam com o uso de criptografia para garantir a segurança das transações e o controle da criação de outras unidades.
Qual a diferença entre o Drex e o Pix?
Segundo o BC, o Drex é um primo do Pix e foi criado com objetivos diferentes. Enquanto o Pix foi criado para democratizar o pagamento em transações comerciais, o real digital possui a missão de melhorar o acesso a serviços mais robustos, como a compra de imóveis e veículos.
Como ficam o Pix e o Drex nas obrigações acessórias?
Pensando nas obrigações acessórias das instituições financeiras, vale destacar que o Pix é uma natureza de operação tratada no regulatório DIMP pela Plataforma ICR. Certamente, o Drex também fará parte dos regulatórios.
Por isso, já convidamos você a conhecer a Plataforma ICR e se preparar para as novidades que virão com a moeda digital do Brasil!
Como vai funcionar?
Com o Drex, o cidadão poderá fazer diversas transações financeiras com segurança e inteligência. Isso significa que os serviços contarão com a intermediação dos bancos dentro da Plataforma Drex, criada pelo Banco Central e que utiliza a tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Technology – DLT).
A participação das instituições de pagamentos, como bancos e correspondentes bancários, na Plataforma Drex funciona como um meio de campo, atuando com a transferência do dinheiro depositado em conta para a carteira digital do Drex. Assim, as transações com os ativos serão realizadas com segurança.
Um dos principais diferenciais da Plataforma Drex são os serviços inteligentes, realizados com contratos que podem ser adaptados de acordo com a necessidade das partes envolvidas. Dessa forma, as transações só serão finalizadas quando todas as condições contratuais foram cumpridas.
Para entender o quanto o ativo digital pode beneficiar as transações financeiras com eficiência e segurança, imagine a compra de um carro utilizando o Drex. O contrato só será finalizado após ambas as partes cumprirem com o combinado. Assim, tanto o dinheiro como a propriedade do carro serão transferidos ao mesmo tempo. Caso não haja o cumprimento de uma das partes, o veículo e o valor retornam para os donos.
Talvez você esteja se perguntando se será possível realizar operações mais simples, como trocar a moeda “tradicional” por Drex. A resposta é sim, mas vale destacar que o foco do ativo digital serão as transações financeiras.
Muito além de uma CBDC: o potencial do Drex
O ativo se destaca no cenário atual por ser gerado em uma plataforma de blockchain, o que permite maior rastreabilidade das transações realizadas. Na prática, significa que será mais fácil implementar medidas de combate a crimes financeiros, como lavagem de dinheiro. Veja, a seguir, a explicação do BC sobre a tecnologia:
BC te Explica #74 – BLOCKCHAIN – a tecnologia que serve de base para os criptoativos e as CBDC
Além da parte tecnológica e da segurança, o Drex também irá se destacar como um facilitador do dia a dia do cidadão. Além disso, o ativo pode impactar o cenário financeiro a nível internacional por estar alinhado com outras moedas digitais disponíveis ao redor do mundo.
Como é a adesão às CBDCs ao redor do mundo?
Outros países também contam com ativos digitais semelhantes ao Drex, como a Jamaica, Nigéria, China e Bahamas. Porém, a aceitação da moeda nos países tem encontrado barreiras culturais e tecnológicas. No caso chinês, a população já utiliza a forma de pagamento oferecida por empresas privadas, o que torna a adesão um desafio.
Nos Estados Unidos, por outro lado, a questão gira em torno da privacidade de dados. No segundo semestre de 2023, um projeto que impede a criação do “dólar digital” pelo Fed avançou no Congresso americano. A discussão sobre o tema segue acontecendo e ainda não há uma definição sobre o lançamento do ativo.
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